Antônio está colocando a mesa do café quando Paulo Roberto chega iradíssimo. “Paulo Roberto? Aconteceu alguma coisa?”, pergunta o pai de Cris. Ele já percebeu que o clima não está bom. Paulo Roberto vomita sua raiva no amigo: “Que história é essa de ficar botando ideias malucas na cabeça do meu filho?!” Antônio que ideias são essas e Paulo Roberto explica. O pai de Nanda revela que o rapaz tem o maior talento para a música. Mas isso é tudo que Paulo Roberto menos gostaria de ouvir agora: “Engraçado, você! Com as suas filhas, é todo rigoroso, acha que elas têm que estudar, fazer faculdade... Já o meu filho pode virar vagabundo!”.
Sempre tentando apaziguar o tom do amigo, Antônio tenta mudar o viés da conversa: “Você é um homem bem-sucedido, pode fazer isso pelo seu filho...”. Paulo Roberto, perdido em sua raiva, solta: “Eu sou bem-sucedido porque estudei, fiz uma faculdade decente e trabalhei duro! Não fiquei na vagabundagem como você!”.
Antônio não gosta das palavras do pai de Bernardo e rebate: “Olha aqui, Paulo Roberto: eu sou seu empregado, mas não admito que você me chame de vagabundo! Eu posso não ter ganho tanto dinheiro quanto você, mas sempre trabalhei duro na vida. Inclusive quando era músico!”.
Paulo Roberto fica fora de si: “Eu não admito que você fale assim comigo!”. Antônio coloca seu orgulho para fora: “Eu também não admito que você fale assim comigo!”. É então que Paulo Roberto põe um ponto final na história: “Então você pode arrumar as suas coisas e sumir da minha casa! Você está demitido!”. Ele sai, enfurecido. Atrás da porta de vidro, Nanda e Cris escutam tudo, assustadíssimas!
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